As skin tears ocorrem quando há tensão, retração, atrito ou choque entre a pele de uma pessoa e a superfície do leito ou de objetos ao redor, provocando ferimentos de espessura parcial ou total.
As localizações anatômicas mais comuns das skin tears são os braços, pernas e mãos. Os fatores etiológicos comuns incluem trauma por pressão, como golpes contra objetos, trauma associado às atividades cotidianas e quedas.
O International Skin Tear Advisory Panel (ISTAP) utiliza um método simples para classificar as lesões cutâneas:
– Lesão cutânea tipo 1: Sem perda de pele, com ruptura linear ou em retalho onde o retalho cutâneo pode ser reposicionado para cobrir o leito da ferida.
– Lesão cutânea tipo 2: Perda parcial do retalho, onde o retalho cutâneo não pode ser reposicionado para cobrir todo o leito da ferida.
– Lesão cutânea tipo 3: Perda total do retalho, expondo todo o leito da ferida.
Existem fatores intrínsecos e extrínsecos que representam uma alta ocorrência das skin tears. Os fatores intrínsecos incluem idade avançada, comorbidades e utilização de medicações. Os fatores extrínsecos incluem o risco de queda e mobilidade reduzida, além do manuseio dos profissionais de saúde, que podem causar skin tears diretamente em indivíduos com pele fragilizada.
O curativo ideal para tratar lesões cutâneas deve controlar o sangramento, ser fácil de aplicar e remover, não causar trauma na remoção, fornecer uma barreira protetora anti-cisalhamento.
As trocas de curativos dependerão da quantidade de exsudato, ocorrendo normalmente em dias alternados.


Fontes de apoio:
International Skin Tear Advisory Panel (ISTAP™). Disponível em: https://www.skintears.org/
Shenbi Yang, et al. Prevalence and incidence of skin tear in older adults:A systematic review and meta-analysis. Journal of Tissue Viability, 33, 4,1017-1024, 2024. https://doi.org/10.1016/j.jtv.2024.06.010.

Enfermeira
Mestre em Ciências Fisiológicas com enfoque na Fisiologia da Pele
Redatora Científica do CQC