Existem três principais tipos de epidermólise bolhosa, classificados com base na profundidade das bolhas e nas estruturas afetadas:
Epidermólise bolhosa simples (EBS): A mais comum e geralmente menos grave. As bolhas se formam nas camadas superficiais da pele (epiderme) devido ao atrito.
Epidermólise bolhosa junctional (EBJ): Mais grave que a EBS, as bolhas se formam na junção entre a epiderme e a derme. Pode causar complicações mais sérias, como infecções e perda de funções da pele.
Epidermólise bolhosa distrófica (EBD): A forma mais grave, onde as bolhas se formam mais profundamente, na camada dérmica. Essa forma pode levar a cicatrizes extensas, deformidades e problemas de mobilidade e nutrição devido à grande perda de pele.
É uma doença genética, geralmente herdada de forma autossômica recessiva ou dominante, dependendo do tipo. Ela é causada por mutações nos genes responsáveis pela produção de proteínas essenciais para a adesão das camadas da pele, como o colágeno tipo VII, ou proteínas que ajudam na coesão da epiderme e da derme.
As bolhas surgem após o mínimo atrito, fricção ou trauma na pele, e, nos casos mais graves, podem ocorrer até mesmo em situações cotidianas, como ao se vestir ou se movimentar.
Os sintomas podem variar dependendo do tipo, mas em geral incluem:
Bolhas na pele;
Lesões nas mucosas;
Cicatrizes irregulares;
Infecções;
Dificuldades motoras;
Perda de unhas;
Problemas alimentares e dentários.
Por tratar-se de uma doença relacionada à genética do indivíduo, não existe cura, mas o tratamento visa controlar os sintomas e melhorar as condições da doença. O manejo inclui:
Tratamento das lesões preexistentes.
Controle de infecções
Terapias de suporte como acompanhamento nutricional e fisioterapia.
Cuidados diários devem ser adotados, evitando traumas e dando preferência para roupas macias para prevenir e proteger a pele. Curativos especiais como o Generacell e as Linhas MTEC, Dermaprotect podem ser utilizados para o manejo das lesões.
A epidermólise bolhosa é uma condição de longo prazo e requer acompanhamento médico contínuo, com o envolvimento de dermatologistas, enfermeiros especialistas, nutricionistas e outros profissionais, para minimizar riscos e promover a qualidade de vida.
Fontes de apoio:
– BRASIL, D.; BARBOSA, A. Epidermólise bolhosa EB. Disponível em: <https://debrabrasil.com.br>.
– Genetics of EB. Disponível em: <https://www.debra-international.org/genetics-of-eb>.
- Epidermólise Bolhosa: Rara, mas não para quem Vive. Disponível em: <https://sobest.com.br/epidermolise-bolhosa-rara-mas-nao-para-quem-vive/>.
Imagens disponíveis em:
<https://vidasaudavel.einstein.br/epidermolise-bolhosa-conheca-a-condicao-que-deixa-a-pele-vulneravel/>.
<https://sobest.com.br/epidermolise-bolhosa-rara-mas-nao-para-quem-vive/>.
Enfermeira
Mestre em Ciências Fisiológicas com enfoque na Fisiologia da Pele
Redatora Científica do CQC