Dermatite Associada à Incontinência: Uma revisão dos fatores de risco, prevenção e manejo

Artigo para discussão: Dermatite Associada à Incontinência em Adultos Idosos: Uma Revisão Crítica dos Fatores de Risco, Prevenção e Manejo.

30 November 2025
Bruna
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Metodologia

Trata-se de um artigo de revisão, com o intuito de levantar os fatores de risco, prevenção e manejo da Dermatite Associada à Incontinência (DAI) em adultos/idosos.  

Principais pontos abordados

É uma dermatite de contato irritativa associada à exposição aguda ou prolongada à urina e às fezes.

O processo fisiológico é desencadeado pelo contato direto da região perineal com a urina e/ou com as fezes. Essa exposição gera uma super-hidratação que, associada à ação da enzima urease, converte ureia em amônia e eleva o pH da superfície, reduzindo a barreira de permeabilidade e fragilizando o estrato córneo por diminuir a sua adesão.

 A amônia, sendo o produto final da ação da urease, também instiga a liberação de citocinas inflamatórias na derme e na epiderme. Isso também é associado à ação conjunta à bactérias e enzimas provenientes do trato digestório presente nas fezes, que desequilibra o microambiente, e pode aumentar a ação das enzimas proteolíticas, ocasionando descamação local. 

Infecções secundárias são frequentes (comumente por Candida albicans), e são clinicamente indicadas por descamação esbranquiçada, exsudato purulento e pápulas e pústulas satélites.

Devido à prevalência e  fatores de riscos associados à idade, a DAI foi recentemente incluída na orientação Integrated Care for Older People (ICOPE) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar dos avanços na prevenção e no tratamento da IAD, vários desafios permanecem, dentre eles, profissionais de saúde que podem ter conhecimento limitado e poucos recursos. Este fator influencia diretamente na conduta e na oferta de cuidados atualizados e na educação do paciente.  

O tratamento inclui o manejo da causa da incontinência, podendo ser associado ao uso de dispositivos médicos, como sondas. Deve-se manter a higienização adequada da pele, proteção cutânea e a utilização de produtos absorventes, bem como o uso de agentes protetores da pele ou produtos que inibem diretamente a ação da urease.

O tratamento deve ser assistido por uma equipe multidisciplinar para o melhor direcionamento. Por fim, tratar e prevenir a DAI é a combinação de várias intervenções individuais que promovem ou restauram a integridade da pele em pessoas idosas com incontinência.

Fontes de apoio:

Kottner, J., Dissemond, J. Incontinence-Associated Dermatitis in Older Adults: A Critical Review of Risk Factors, Prevention and Management. Drugs Aging 42, 745–754, 2025. https://doi.org/10.1007/s40266-025-01227-z

Bruna

Enfermeira
Mestre em Ciências Fisiológicas com enfoque na Fisiologia da Pele
Redatora Científica do CQC

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