O artigo apresenta uma revisão sobre os desafios clínicos na regeneração de pele que contém anexos como folículos e glândulas.
Além disso, trás as abordagens mais recentes para incorporar os anexos em substitutos cutâneos, entre os seus potenciais e limitações.
Durante o processo de regeneração do tecido cutâneo, em vista da função primordial e crítica de restaurar a barreira de proteção, os anexos da pele, mesmo que funcionais, não são restabelecidos de forma completa. Ou seja, a sensibilidade, termorregulação e mecanismos de hidratação, podem não se regenerar após lesões.
Já encontram-se o uso de células tronco mesenquimais cultivadas juntamente com células de glândulas sudoríparas. Células tronco epidérmicas também já foram combinadas com precursores dérmicos a fim de formar glândulas sebáceas e folículos pilosos. Ambos os estudos demonstraram regeneração parcial destas estruturas em modelos animais, podendo ser um caminho a ser investigado.
Com a utilização de bioimpressão 3D e engenharia baseada em scaffolds é possível posicionar diferentes tipos celulares com precisão. Desta forma, o uso de biomateriais (como Matrigel, colágeno, PLGA, hidrogéis de PEG) serve para imitar a matriz extracelular (ECM) e pode facilitar o crescimento celular de forma organizada.
As matrizes biofabricadas surgem como o caminho mais promissor para criar substitutos de pele com características humanas reais, incluindo seus anexos.


Leia o artigo na íntegra:
Hosseini, Motaharesadat et al. “Biofabrication of Human Skin with Its Appendages.” Advanced healthcare materials vol. 11,22, 2022. doi:10.1002/adhm.202201626

Enfermeira
Mestre em Ciências Fisiológicas com enfoque na Fisiologia da Pele
Redatora Científica do CQC